ROTEIRO DE CELEBRAÇÃO PARA A SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS



À CELEBRAÇÃO ECUMÊNICA



“Eles eram assíduos aos ensinamentos dos apóstolos e à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações”.(Atos 2,42)



O tema deste ano, oferecido a nossa meditação pelas Igrejas em Jerusalém, convida os cristão, em todo lugar, a refletir sobre sua relação com a Igreja mãe de Jerusalém, para ter um olhar novo sobre as próprias situações em que estamos envolvidos. Foi a partir dessa comunidade de Jerusalém que todas as outras comunidades nasceram. Essa comunidade terrena de Jerusalém é uma prefiguração da Jerusalém celeste, onde todos os povos serão reunidos ao redor do trono do Cordeiro em eterno louvor e adoração a Deus.
Os cristãos de Jerusalém convidam a meditar, em nossos encontros ecumênicos de 2011, sobre a importância de nosso envolvimento com os ensinamentos dos apóstolos e a comunhão fraterna, com a fração do pão e as orações; são elementos que nos unem, embora sejamos muitos, no único corpo de Cristo. As Igrejas em Jerusalém nos pedem que lembremos de sua precária situação em nossas orações e que oremos pela justiça que trará paz à Terra Santa. A liturgia ecumênica aqui apresentada pretende destacar a dimensão fundamental de todo testemunho cristão, que é o amor a serviço do Evangelho da reconciliação com Deus e com toda a humanidade e a criação.

ROTEIRO DE CELEBRAÇÃO
O roteiro está dividido em: 1) reunião da assembléia; 2) celebração da Palavra de Deus; 3) oração de arrependimento e paz; 4) preces pela unidade cristã; 5) envio



I. Reunião da assembléia
De acordo com costumes locais, símbolos apropriados podem ser trazidos à frente e colocados diante da assembléia enquanto se canta o hino de abertura. Depois da saudação inicial, feita pela pessoa que preside, algumas palavras de boas vindas podem ser dirigidas às comunidades e lideranças que se reuniram para celebrar.
A assembléia é então convidada a se preparar para celebrar e louvar a Deus através de frases e oração de abertura em forma de diálogo com resposta coletiva, na forma tradicional usada no oriente.
II. Celebração da Palavra de Deus
A leitura dos Atos dos Apóstolos está no centro e dela derivam as outras partes do culto. Ao selecionar o texto de Atos, o comitê planejador de Jerusalém quis acentuar as idéias de fidelidade ao ensinamento dos apóstolos e a partilha de todas as coisas em comum, como chave da unidade cristã. A homilia pode desenvolver esses temas, bem como enfatizar a necessidade de que os cristãos do mundo inteiro apoiem em oração seus irmãos e irmãs que testemunham o Evangelho do amor na Cidade Santa.
Depois da homilia pode haver um tempo de meditação, silencioso ou acompanhado por música. Uma oferta , ou coleta, para ajudar os cristãos e suas instituições (escolas, hospitais etc) pode ser feita e enviada a uma adequada organização cristã.
III. Oração de arrependimento e paz
Uma ação simbólica pode ser realizada durante esta oração.
Opção 1: várias velas que foram carregadas em procissão na abertura da liturgia e colocadas à vista da assembléia podem ser apagadas uma a uma após cada pedido de perdão, deixando uma vela de Cristo, ou círio pascal, acesa à medida que as luzes da Igreja vão se apagando. Ao final da prece da paz pequenas velas são distribuídas aos presentes. A Confissão de fé, que pode ser feita a partir do Credo Niceno ou Apostólico ou de alguma outra tradicional expressão de fé, vem depois da saudação de paz feita em semi escuridão. As velas que se apagaram são então acesas ( a partir da vela de Cristo ou círio pascal), uma a uma, depois de cada prece pela unidade cristã. Os participantes são convidados a levar para casa as velas que receberam e a acendê-las a cada noite durante a Semana de Oração e, se for apropriado, a colocá-las em suas janelas como continuação dessa vigília de oração e como uma lembrança dos cristãos da Terra Santa e de outros lugares que enfrentam sofrimento por causa de sua fé.
Opção 2: Um grupo (por exemplo: crianças ou jovens) prepara com antecedência uma figura (uma imagem de Cristo, uma cruz, o retrato de uma igreja ou qualquer outro símbolo apropriado para a unidade) e a corta em grandes pedaços. Durante as preces pela unidade cristã e suas respostas, representantes das várias comunidades presentes vão colocando as peças, armando a figura diante da assembléia. Na conclusão das preces o mosaico completo representará a unidade de todos no único corpo de Cristo, com a diversidade vista como dom precioso que Deus dá às Igrejas.
Opção 3: Algum incenso pode ser oferecido por membros de cada comunidade depois de cada oração de arrependimento e petição de perdão, representando a misericórdia de Deus, que cobre nossos pecados, e a graça de Deus, que nos cura. Um recipiente contendo carvão aceso pode ser colocado no centro da assembléia ou próximo ao lugar onde são feitas as leituras. Depois de cada confissão de pecado, o leitor ou outro membro da assembléia colocará algum incenso sobre o carvão. Esse gesto representa a disposição da assembléia de reconhecer o pecado e acolher a resposta da misericórdia de Deus.
IV. Preces pela unidade cristã
Estes pedidos são inspirados pela situação das Igrejas em Jerusalém. No entanto, cada situação local pode gerar seus próprios pedidos, que demonstram como em cada lugar se busca superar a divisão e encontrar meios de visível comunhão plena. A prece é conduzida pelo presidente da celebração e pelo leitor, com a comunidade respondendo a cada vez. A prece se conclui com a recitação da Oração do Senhor. Cada um pode rezá-la em sua própria língua ou em aramaico, que é a língua usada por alguns cristãos hoje na Cidade Santa (ver apêndice).
V. Envio
A assembléia invoca a bênção de Deus sobre seus membros, que são enviados como embaixadores da Boa Nova da reconciliação. Um hino pode concluir o culto.

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