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Mostrando postagens de abril, 2011

UM AMOR FEITO DE ATOS - A Relevância Social do Evangelho

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Pe. Raniero Cantalamessa Quarta Prédica de Quaresma 1. O exercício da caridade Na última meditação, aprendemos de Paulo que o amor cristão deve ser sincero; agora, aprendamos de João que ele deve ser também efetivo: “Se alguém possui bens deste mundo e vê seu irmão em necessidade, mas não tem piedade dele, como poderia o amor de Deus estar nele? Filhinhos, não amemos de palavra nem de língua, mas com obras e de verdade” (1Jo 3, 16-18). Encontramos o mesmo ensinamento, mais plástico, na Carta de Tiago: “Se um irmão ou irmã não têm roupa nem comida, e um de vós lhes dizeis ‘Ide em paz, aquecei-vos e saciai-vos’, mas não lhes dais o necessário ao corpo, de que adianta?” (Tg 2, 16). Na comunidade primitiva de Jerusalém, esta exigência se traduz na partilha. Dizem que os primeiros cristãos “vendiam suas propriedades e bens e os dividiam com todos, conforme a necessidade de cada um” (At 2,45). Mas o que os movia não era um ideal de pobreza, e sim de caridade. O fim não era serem todos pobres

Ética civil não pode virar as costas para ética cristã

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Arcebispo considera que essa é uma luta missionária da Igreja Católica ZENIT.org “A porosidade da ética civil, que sustenta fluxos e dinâmicas na sociedade, pode explicar atrasos, desvarios e absurdos de cenários e condutas, e até de fatos cruéis como o massacre de crianças e adolescentes na Escola de Realengo.” O arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, faz essa afirmação em artigo divulgado à imprensa, num texto em que defende a contribuição da ética cristã para o desenvolvimento da ética civil. Acontecimentos como o do Realengo “exigem que se ponha a mão na consciência para que haja antecipação de encaminhamentos e providências que darão rumo diferente a esta sociedade enferma. Do contrário, corre-se contra o tempo, numa tentativa de apenas minimizar prejuízos, muitos deles fatais e irreversíveis na vida de indivíduos, famílias e comunidades”. O arcebispo reconhece que na sociedade contemporânea há um pluralismo moral, mas “que não dispensa a construção de conver

Catequese do Papa: todos nós somos chamados à santidade

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Queridos irmãos e irmãs: Nas audiências gerais dos últimos dois anos, estivemos na companhia de muitos santos e santas: aprendemos a conhecê-los de perto e a entender que toda a história da Igreja está marcada por esses homens e mulheres que, com sua fé, seu amor, sua vida, foram luzes de muitas gerações, e são também para nós. Os santos manifestam de muitas maneiras a presença poderosa e transformadora do Ressuscitado; deixaram que Cristo possuísse tão plenamente suas vidas, que podiam afirmar, como São Paulo, "Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim" (Gl 2,20). Seguir seu exemplo, recorrer à sua intercessão, entrar em comunhão com eles "nos une a Cristo, de quem procedem, como de fonte e cabeça, toda a graça e a própria vida do Povo de Deus" (‘Lumen Gentium', 50). No final deste ciclo de catequeses, eu gostaria de oferecer algumas ideias sobre o que é a santidade. O que significa ser santo? Quem é chamado a ser santo? As pessoas geralmente pensam que a

UM ROTEIRO PARA A CELEBRAÇÃO ECUMÊNICA

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P: = presidente da celebração A: = assembléiaL: leitor I. Entrada Hino de abertura Invocação de abertura: P: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.A: Amém. Falas de abertura P: De todos os cristãos de Jerusalém aos fiéis de ............... (local da celebração) que estão em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: a vós, a graça e a paz. (1 Ts 1,1) A: Damos graças a Deus. Saudações P: Compassivo e amoroso Deus, que nos criaste à tua semelhança A: Por isso te louvamos e te agradecemos. P: Nós nos reunimos em teu nome, para te pedir a restauração da unidade de todos aqueles que confessam teu Filho Jesus Cristo como Senhor e Salvador de todos. A: Ó Deus, ouve-nos e tem compaixão de todos nós. P: Ajuda-nos em nossa fraqueza e fortalece-nos com teu Santo Espírito. A: Envia teu Espírito para que sejamos um. P: Oremos ao Senhor. A: Kyrie, kyrie eleison. P: Generoso Deus, prometeste através dos profetas que Jerusalém será o lar de muitos povos, a mãe de muitas nações. Ouve nossas preces para

ROTEIRO DE CELEBRAÇÃO PARA A SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS

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À CELEBRAÇÃO ECUMÊNICA “Eles eram assíduos aos ensinamentos dos apóstolos e à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações”.(Atos 2,42) O tema deste ano, oferecido a nossa meditação pelas Igrejas em Jerusalém, convida os cristão, em todo lugar, a refletir sobre sua relação com a Igreja mãe de Jerusalém, para ter um olhar novo sobre as próprias situações em que estamos envolvidos. Foi a partir dessa comunidade de Jerusalém que todas as outras comunidades nasceram. Essa comunidade terrena de Jerusalém é uma prefiguração da Jerusalém celeste, onde todos os povos serão reunidos ao redor do trono do Cordeiro em eterno louvor e adoração a Deus. Os cristãos de Jerusalém convidam a meditar, em nossos encontros ecumênicos de 2011, sobre a importância de nosso envolvimento com os ensinamentos dos apóstolos e a comunhão fraterna, com a fração do pão e as orações; são elementos que nos unem, embora sejamos muitos, no único corpo de Cristo. As Igrejas em Jerusalém nos pedem que lembremos de sua

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS 2011

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Quatro elementos de unidade As orações da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2011 foram preparadas por cristãos em Jerusalém, que escolheram como tema At 2,42: “Eles eram assíduos ao ensinamento dos apóstolos e à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações”. Esse tema é um chamado à volta às origens da primeira Igreja em Jerusalém; é um chamado à inspiração e renovação, a uma volta ao essencial da fé; é um chamado a relembrar o tempo em que a Igreja ainda era una. Dentro desse tema, são apresentados quatro elementos que eram marcos da primeira comunidade cristã e que são essenciais à vida da comunidade cristã, onde quer que ela exista. Primeiramente, temos a palavra que era comunicada pelos apóstolos. Em segundo lugar, a comunhão fraterna (koinonia) era um sinal importante entre os primeiros fiéis sempre que se reuniam. Uma terceira marca da Igreja primitiva era a celebração da Eucaristia (a fração do pão), lembrando a Nova Aliança que Jesus realizou através de seu sofri

VIDA ECUMÊNICA EM JERUSALÉM

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De Jerusalém Jesus enviou os apóstolos para serem suas testemunhas “até as extremidades da terra” (At 1,8). Em sua missão, eles encontraram muitas e ricas línguas e civilizações e começaram a proclamar o Evangelho e a celebrar a Eucaristia nessas muitas línguas. Como conseqüência, a vida cristã e a liturgia adquiriram muitas faces e expressões que se enriquecem e se completam mutuamente. Desde os primeiros tempos, todas essas tradições e Igrejas cristãs queriam estar presentes juntas na Igreja local de Jerusalém, o berço da Igreja. Elas sentiam a necessidade de ter uma comunidade orante e servidora na terra onde a história da salvação se desenvolveu, ao redor dos lugares onde Jesus viveu, exerceu seu ministério e sofreu sua paixão, entrando assim no mistério pascal da morte e ressurreição. Desse modo a Igreja de Jerusalém se tornou uma imagem viva da diversidade e riqueza das muitas tradições cristãs do Oriente e do Ocidente. Cada visitante ou peregrino em Jerusalém é, em primeiro luga

A Igreja em Jerusalém, ontem, hoje, amanhã

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Há dois mil anos, os primeiros discípulos de Cristo reunidos em Jerusalém experimentaram o derramamento do Espírito Santo em Pentecostes e foram reunidos na unidade como corpo de Cristo. Nesse evento, os cristãos de todos os tempos e lugares vêem sua origem como comunidade de fiéis, chamados a proclamar juntos Jesus Cristo, como Senhor e Salvador. Embora aquela iniciante Igreja de Jerusalém experimentasse dificuldades, interna e externamente, seus membros perseveraram na fidelidade e na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. Não é difícil perceber como a situação dos primeiros cristãos na cidade santa reflete a da Igreja em Jerusalém hoje. A comunidade atual experimenta muitas das alegrias e tristezas da Igreja dos primeiros tempos: sua injustiça e desigualdade, e suas divisões, mas também sua fiel perseverança e o reconhecimento de uma unidade mais ampla entre os cristãos. As Igrejas em Jerusalém hoje nos oferecem uma visão do que significa buscar a unidade, mesmo em meio

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS - A busca da unidade ao longo de todo o ano

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No hemisfério norte, o período tradicional para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em 1908 por Paul Watson porque cobriam o tempo entre as festas de São Pedro e São Paulo e tinham, portanto, um significado simbólico. No hemisfério sul, em que janeiro é tempo de férias, as Igrejas geralmente preferem outras datas para celebrar a Semana de Oração como, por exemplo, ao redor de Pentecostes (como foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem em 1926), que também é um momento simbólico para a unidade da Igreja. Levando em conta essa flexibilidade no que diz respeito à data, estimulamos vocês a compreender o material aqui apresentado como um convite para achar oportunidades ao longo de todo o ano para expressar o grau de comunhão que as Igrejas já tenham atingido e para orar juntos por aquela unidade plena que é desejo de Cristo.Este ano o texto Bíblico que servirá de inspiração para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é Atos 2

Montado num jumentinho, o messias pobre e desarmado

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Extraído do livro Travessia: quero misericórdia e não sacrifício , de Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino Introdução Jesus termina a viagem e chega em Jesuralém, onde se darão os acontecimentos mais importantes da sua vida. Ao entrar na cidade, ele realiza três gestos simbólicos que revelam sua identidade messiânica: 1 . Entra montado num jumentinho que, conforme as profecias, era a característica do rei justo, pobre e desarmado (Mt 21,1-11). 2. Entra no Templo, expulsa os vendedores e denuncia a hipocrisia do comércio dos animais para os sacrifícios (Mt 21,12-17). 3. Amaldiçoa a figueira para expressar sua crítica contra o povo de Israel, por ele não ter produzido frutos de justiça (Mt 21,18-22). Quando Jesus entra em Jerusalém, a cidade fica agitada e se pergunta: "Quem é este?" (Mt 21,10). A multidão respondia: "E o profeta Jesus de Nazaré, da Galiléia" (Mt 21 , 11). A palavra usada por Mateus para descrever a reação da cidade era usada também para

Líder muçulmano se alegra com beatificação de João Paulo II

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Ali al-Samman, do Conselho Supremo para Assuntos Islâmicos do Egito Há muçulmanos que exultam com a beatificação de João Paulo II, como é o caso de Ali al-Samman, presidente do Comitê para o Diálogo Inter-Religioso do Conselho Supremo para Assuntos Islâmicos do Egito. O representante de Al-Azhar, a universidade considerada pela maioria dos muçulmanos sunitas como a escola de maior prestígio, desempenhou um papel decisivo na famosa convenção que deu vida, em 1998, ao Comitê Conjunto que reúne a Universidade de Al-Azhar, no Cairo, e o Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso. ZENIT: Nos últimos dias, tem havido debates com os não-crentes no "Átrio dos Gentios". O senhor, que é um homem de diálogo, o que acha deste convite feito pelo Vaticano? Ali al-Samman: O elemento essencial é tratar com o ser humano partindo da base de que ele é um ser humano. O homem vem antes da religião, e o diálogo do Vaticano com os não-crentes se remonta ao concílio ecumênico Vaticano II.

Papa João Paulo II, “um polonês que foi universal”

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Fala o postulador da causa do Papa polonês A beatificação de João Paulo II será um grande evento para a Polônia, mas também para o resto do mundo, pois este Pontífice sabia conjugar um grande amor por sua pátria pequena com uma abertura universal. Isto foi afirmado por Monsenhor Slawomir Oder, postulador da causa de beatificação de João Paulo II. Mas, com a celebração de 1º de maio, não termina o trabalho do Pe. Oder, pois, como explicou a ZENIT, ele tem o mandato do cardeal vigário, Agostino Vallini, também para preparar a canonização. ZENIT: O senhor se sente sem trabalho agora, ou ainda continuará a causa de canonização, com um milagre já reconhecido? Mons. Oder: Como comentei, este trabalho de postulação se une outras coisas, então não acho que fico sem trabalho. Em todo caso, sim, agora está em andamento toda a preparação do evento da beatificação que, é claro, envolve também a figura do postulador em alguns aspectos. Além disso, a indicação que recebi do cardeal vigário é o man