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Mostrando postagens de março, 2010

A SEMANA SANTA

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A Semana Santa nos faz reviver a paixão e a morte de Jesus. Não somos meros espectadores desse drama, centro de toda a história humana. Preparados pela Quaresma, ano após ano, nos é proposta uma verdade que o mundo procura, em vão, esquecer. Trata-se do sofrimento: sua importância e sua função na vida de cada um e da sociedade. Antes de tudo, devemos ao sacrifício do Justo por excelência todo o bem e cada momento feliz de nosso peregrinar no tempo.Certamente muito difícil, contando com as forças naturais, aceitar a visão cristã da realidade. O ambiente que nos envolve está saturado de poderosos fatores que contrariam, formal e fortemente, os valores cristãos que nos vêm do Calvário. Assim, a busca, a qualquer preço, do prazer, da felicidade terrena, fascina o homem e serve de obstáculo à afirmação da identidade com Cristo, divulga-se mesmo uma visão distorcida de cristianismo onde a morte é a cessação de todo sofrimento terreno que nos é apresentada no Tríduo Sagrado da Semana Santa.Im

A Pequena Via

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Por Matheus Silva de Paula "Disse-lhes Jesus: Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham.” (Mateus 19, 14)É extremamente importante para o católico o cultivo da espiritualidade. Por ela, nos ligamos a Deus de forma íntima, mística. A fé não sobrevive sem esta união. O Pai, com grande misericórdia, torna possível a nós esta união, através das diversas formas de percorrer um mesmo caminho: o caminho da salvação. Resta a cada um de nós a escolha. Por esta razão, devemos buscar o conhecimento da Igreja de Cristo, de seus ensinamentos, e de seus santos. Através destes tesouros de nossa Igreja, podemos descobrir o caminhar com o qual melhor nos identificamos, e assim tomarmos a nossa cruz. Irmãos, Deus é tão perfeito que não olvidou nenhum detalhe! Ele nos abre o caminho e nos ensina a caminhar. E ensina a cada um conforme suas necessidades e capacidades. Como nos diz Jesus, o Pastor chama as ovelhas pelo nome e as

CRUZ E EUCARISTIA - AMOR AO EXTREMO

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Por Ana Maria Bueno Cunha A criação é obra do amor. Certamente, antes da Encarnação do Verbo, o homem podia duvidar que Deus o amava com ternura; porque, a rigor, a verdade desse fato, surpreendente e incrível, não era coisa que podíamos compreender na ordem natural. Mas depois que Ele nos revelou o seu segredo numa epifania de sangue, depois da morte de Jesus Cristo, quem poderia duvidar disso? Agora que a luz iluminou o nosso caminho compreendemos que, em todas as partes, Ele nos envolve com Seu amor irresistível. (Santo Afonso de Ligório - A prática do amor a Jesus Cristo - Editora Santuário - Ano 2002) Quanto mais estudamos a doutrina de Cristo e as palavras dos Santos que morreram por amor a Ele, mais entendemos que nossa santidade, aliás, toda nossa santidade e perfeição, consiste em amar nosso Redentor e Salvador, Jesus Cristo. O amor a Deus consiste na caridade que é o vínculo da perfeição e esta conserva todas as virtudes que fazem um homem perfeito.Santo Agostinho já dizia: &

O DOM DA EUCARISTIA: O encontro do sacerdote com Jesus na Eucaristia, fonte da Nova Evangelização

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Por Cardeal Van Thuan fonte: Revista SacerdosEdição Maio-Junho 2003 Muitas vezes pensamos que temos de ser santos para poder celebrar dignamente os santos mistérios: não ter pecado, santificar-se. Todas as manhãs reconhecemos que somos pecadores para celebrar dignamente. Contudo, poucas vezes pensamos, ou nunca, que a celebração da Eucaristia contribui para fazer do sacerdote um homem de Deus, um santo. I. A minha experiência pessoal A celebração faz do sacerdote um santo. É por causa disto que eu quero compartilhar com vocês a minha experiência eucarística, assim como a experiência de outras pessoas íntimas que me marcaram com a sua fé, com a sua devoção à Eucaristia.No seminário, minha formação se inspirou na vida do Cura D´Ars, são João Maria Vianney, e do Padre Pio. Eles me acompanharam durante toda a vida sacerdotal. Quando eu celebrava sozinho na prisão, João e Pio estavam sempre diante de mim e celebravam comigo. Foi graças ao seu sacrifício e ao seu amor pela Eucaristia que eu

Quem foi François-Xavier Nguyên Van Thuân

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(Phanxicô Xaviê Nguyễn Văn Thuận) (Phu Cam, Huế , 17 de abril de 1928 — Roma , 16 de setembro de 2002 ) foi um bispo e cardeal vietnamita da Igreja Católica . Biografia Nasceu numa família que contava oito filhos. Vinha de uma família que contava com numerosos mártires da fé. Sua mãe, todas as noites, contava-lhe histórias bíblicas e narrava-lhe testemunhos de mártires, especialmente de seus antepassados. Fez seus estudos no seminário menor e depois no seminário maior e foi ordenado sacerdote católico em 11 de junho de 1953 . Continuou os seus estudos em Roma onde formou-se em Direito Canônico. Retornando ao Vietnam foi encarregado da formação dos padres da sua diocese como reitor e professor do seminário e, em 24 de junho de 1967 foi nomeado bispo da diocese de Nha Trang , no centro do Vietnam, diocese pela qual sempre confessou predileção. Oito anos depois, o Papa Paulo VI o nomeou arcebispo coadjutor de Saigão . Ardoroso animador dos leigos e jovens, prepara-os para parti

Como rezar?

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São Paulo escreveu: “Não sabemos como rezar, mas o Espírito reza em nós”. Eis a chave para compreender o verdadeiro sentido da oração cristã. Ele refere-se assim à oração profunda do coração, onde encontramos “o amor de Deus disperso nas profundezas do nosso coração pelo Espírito Santo que Ele nos deu”. A questão é saber como nos podemos abrir a essa torrente de amor que atinge o mais “profundo do nosso ser”? Consideremos, em primeiro lugar, os três elementos essenciais da oração contemplativa. Eles dão a resposta à pergunta “como rezar”. Rezamos ficando silenciosos, despertos e descontraídos. 1. O Silêncio O silêncio é necessário, tanto para a nossa saúde mental, como para o nosso crescimento espiritual. Contudo, torna-se cada vez mais difícil de praticar o silêncio no centro das cidades modernas, no barulho da circulação, da rádio e da televisão. Mas o verdadeiro silêncio é interior. Com efeito, se nos encontramos num lugar muito barulhento e se nos concentrarmos, podemos “fazer” o s

O que é a oração?

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A oração, segundo o catecismo, é a “elevação do espírito e do coração para Deus”. O que é o espírito? O que é o coração? O espírito pensa, questiona, planifica, inquieta-se, imagina. O coração conhece, ama. A inteligência é a faculdade do saber, o coração, é a do amor. Grande parte do que aprendemos sobre a oração limita-se ao nível mental. Em criança, ensinam-nos a proferir orações, a pedir a Deus aquilo que necessitamos para nós e para os outros. Isto é apenas uma parte do mistério da oração. A outra parte é a oração do coração. Nesta oração não procuramos pensar em Deus, nem falar-lhe, nem mesmo pedir-lhe o que quer que seja. Estamos pura e simplesmente com Deus, que habita em nós, no Espírito Santo que Jesus nos deu. A oração do coração é a nossa união com a oração de Jesus no Espírito. “Nós não sabemos como rezar, mas o próprio Espírito reza em nós.” Rom 8,26 Podemos estabelecer regras para a oração mental – rezar com palavras ou pensar em Deus -. Existem vários “métodos de oração

ALGUNS ASPECTOS CANÔNICOS DO MATRIMÔNIO

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Conteúdos essenciais · Consentimento mútuo · Compromisso de amor e vida · Contrato válido (entre os cristãos é sacramento) · Finalidades do matrimônio => unitiva e procriativa · Propriedades do matrimônio => unidade e indissolubilidade · Matrimônio => É graça, é dom de Deus, mas exige a cooperação dos cônjuges com esta graça. · Matrimônio anulado => não existe · Matrimônio “declarado nulo” => é possível · Pode ser declarado nulo o matrimônio realizado mesmo havendo impedimento, defeito de consentimento ou falta de forma canônica. Impedimentos (obstáculos que impossibilitam contrair matrimõnio válido) · Idade => Idade mínima é de 16 anos para o homem e 14 anos para a mulher. No Brasil a CNBB adotou a idade de 18 e 16 respectivamente. · Impotência => Incapacidade de se ter uma relação sexual completa com o cônjuge. Essa incapacidade deve ser antecedente ao matrimônio e também perpétua. · Vínculo matrimonial anterior => Quem está ligado por vínculo canônico anterio

ALGUNS ASPECTOS MORAIS DO MATRIMÔNIO

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O Amor e o prazer (importância da finalidade unitiva) · Um ato sexual sem amor, ainda que o motivo pudesse ser o de gerar ou conceber um filho, estaria privado de sua marca específica e seria pecaminoso. · E as pessoas deveriam saber que o encontro sexual só exprimirá amor se o amor for ativo e atuante em todos os setores de suas vidas. · Por isso, também, a união sexual só encontra seu espaço legítimo no matrimônio que é “a aliança conjugal e o compromisso pessoal irrevogável, a íntima participação na vida e no amor matrimoniais” (GS 48). · Com relação ao prazer na vida sexual, na Bíblia não existe a mais leve indicação de que o prazer, como tal, no sexo ordenado, pudesse ser errado. · Há, todavia, uma grande quantidade de advertências contra a busca do prazer numa vida sexual desordenada. A fecundidade matrimonial (incluindo as finalidades do matrimônio) · A fecundidade do amor é uma realidade totalmente diversa da fertilidade biológica e de qualquer produtividade do homem técnico. ·

Revelação Divina e Inspiração Bíblica

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· Desmitificação da Sagrada Escritura · Inspiração e Revelação => Não-fundamentalismo bíblico. · Escritura: Palavra de Deus , palavra do homem. - Não livro de história positiva; - Não ditado de palavras - Formada de orações, “narrativas históricas”, interpretações teológicas. Revelação Divina : - Não é um “bloco caído do céu sobre o teto da humanidade”; - Não é algo estranho ao ser humano; - Não se manifesta de forma abstrata, desencarnada, fora da realidade; - Não se apresenta de forma mágica e extra-ordinária; - É a comunicação concreta de Deus, de forma sobrenatural, manifestada naquilo que é natural; - É a comunicação feita por Deus ao homem, de verdades que o homem ignorava antes da intervenção de Deus; - Jesus Cristo é a própria comunicação de Deus. Ele aperfeiçoa e completa a Revelação; -Toda comunicação de Deus se dá no plano natural. Deus proporciona , nas coisas criadas, um permanente testemunho de si; -Deus continua se revelando cotidianamente, comunicando nada além do qu

A Eucaristia

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· Ação de Graças a Deus. · Jesus instituiu este sacramento na última ceia com as palavras: “Fazei isto em memória de mim”. · A Eucaristia torna presente o santíssimo sacrifício da cruz, acontecido uma vez por todas. · Graças à Eucaristia nós nos tornamos, misteriosamente, contemporâneos do acontecimento da Páscoa do Senhor. · “O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício” (CEC 1367). · “A Eucaristia é mistério de presença, por meio do qual se realiza de modo absoluto a promessa de Jesus de permanecer conosco até o fim do mundo” (MND 16). · “Ao mesmo tempo, enquanto atualiza o passado, a Eucaristia nos projeta rumo ao futuro da última vinda de Cristo, no fim da história” (MND 15). · “Por estar vivo e ressuscitado é que Cristo pode tornar-se ‘pão da vida’, ‘pão vivo’, na Eucaristia” (EE 14). · Esta realidade só pode ser aceita pela fé. É um “mistério da fé”. · Na Eucaristia a glória de Cristo está velada (cf. MND 11). · “A Eucaristia e a Cruz são pedras de

Carta de Madre Teresa sobre o aborto

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A mãe que pensa em abortar, deve ser ajudada a amar (...) Eu sinto que o grande destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança, uma matança direta de crianças inocentes, assassinadas pela própria mãe. E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo seu próprio filho, como é que nós podemos dizer às outras pessoas para não se matarem? Como é que nós persuadimos uma mulher a não fazer o aborto? Como sempre, nós devemos persuadi-la com amor e nós devemos nos lembrar que amor significa estar disposto a doar-se até que machuque. Jesus deu Sua vida por amor de nós. Assim, a mãe que pensa em abortar, deve ser ajudada a amar, ou seja, a doar-se até que machuque seus planos, ou seu tempo livre, para respeitar a vida de seu filho. O pai desta criança, quem quer que ele seja, deve também doar-se até que machuque. Através do aborto, a mãe não aprende a amar, mas mata seu próprio filho para resolver seus problemas. E, através do aborto, diz-se ao pai que ele não tem que

A Vida em Comunidade

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· Os que acolheram a palavra de Deus “mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações” (At 2,42). · A Igreja é “um mistério de comunhão, que reflete , com as limitações de seus membros e os limites do tempo e do espaço, o mistério da comunhão trinitária” (Doc. 62 – CNBB, n. 64). · A Igreja é comunhão de pessoas, chamadas uma a uma pelo mesmo Espírito Santo, salvaguardando cada singularidade, cada vocação e cada missão, para que participem da plena unidade, como imagem da Trindade. · “A comunhão trinitária torna-se, então, fonte da vida e da missão da Igreja, modelo de suas relações e meta última de sua peregrinação” (Doc. 62 – CNBB, n. 64). · No Batismo somos marcados com o sinal da Trindade, encorporados à Igreja, cuja a cabeça é Cristo, e ao mesmo tempo capacitados para o serviço do anúncio do Reino de Deus. · Todos os cristãos têm a obrigação de manifestar, pelo exemplo e testemunho, o homem novo de que se revestiram no Batismo.

SER EUCARÍSTICO É SER FRATERNO

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Uma exigência da Eucaristia é a fraternidade. Uma grande incoerência é me aproximar do Sacramento da partilha, do Sacramento que me alimenta e sustenta, do Sacramento do corpo, sangue, alma e divindade do meu Senhor, sem querer me comprometer com a vida dos irmãos e das irmãs. Comungar é uma atitude que exige de nós querer ser parecidos com Jesus. Ao comungar devemos desejar tornar-nos um com o Senhor, viver a vida de Jesus e permitir que Jesus viva em nós também. O apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, nos adverte para não comermos e bebermos do corpo e sangue de Jesus sem discernir este sacramento, ou seja, comer e beber da Eucaristia sem querer comprometer-se com o próximo, ou sem querer compreendê-lo como irmão, ou sem querer acolhê-lo como parte de nós mesmos. Paulo diz, que aquele que comer e beber dos corpo e sangue do Senhor indignamente, ou seja, se não der um testemunho de fraternidade, come e bebe a própria condenação. A Eucaristia é o Sacramento que nos recon