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Mostrando postagens de 2010

O Santo Advento

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O Advento abre o novo ano litúrgico da Igreja e nos prepara para o Natal. Este tempo é composto por quatro semanas. Neste período, a Igreja pode muito bem exprimir seus sentimentos com as palavras da esposa do Cântico dos Cânticos: «Eis a voz do meu Amado! Ele vem correndo pelos montes... Meu Amado é meu e eu sou dele!» (2,8s.16). Ele vem vindo, o Amado, «porque Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho único» (Jo 3,16) para ser o Esposo da humanidade, o Salvador do mundo. O Autor da Epístola aos Hebreus exprimiu isso de modo muito profundo: «Muitas vezes e de modos diversos falou Deus, outrora, aos Pais pelos profetas; agora, nestes dias que são os últimos, falou-nos por meio do seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e pelo qual fez os séculos» (1,1-2). Efetivamente, Deus já não nos manda um mensageiro, um intermediário, um presente... ele vem pessoalmente no seu Filho, vem ele mesmo ser o Emanuel, o Deus-conosco! Por isso o homem pode ter a certeza que não m

Questões politicamente incorretas e cristãmente necessárias...

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O cotidiano francês “La Croix” há algum tempo publicou uma grande pesquisa sobre o futuro do cristianismo no Ocidente. O título é “Os novos caminhos da fé daqui até 2020. A pesquisa durou cinco semanas e foi aberta com a publicação de uma sondagem sobre os franceses e o cristianismo. Três dados dão o que pensar: 1. Dois franceses em cada três pensam que o cristianismo é “suficientemente visível” na sociedade. Mas quatro em cada dez afirmam não conhecer em suas próprias família e amigos nenhum cristão “praticante ou ativo na vida da Igreja”. 2. Perguntados sobre qual seria a missão principal da Igreja, a imensa maioria dos franceses afirmou ser “lutar contra a pobreza” e “agir pela paz no mundo”. Também entre os católicos foi assim: a maior parte deles indicou a luta contra a pobreza e pela paz, enquanto somente um em cada três respondeu: “Fazer conhecer a mensagem de Cristo”. 3. 62% dos franceses se dizem de acordo com a seguinte afirmação: “Todas as religiões são iguais”. E entre os c

Simplesmente José

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Por Pe. Alfredo Gonçalvez José é uma das figuras mais silenciosas nas narrativas evangélicas. Ao mesmo tempo, porém, aparece sempre na hora certo e no lugar certo. Quando se trata de proteger a família -mãe e filho- lá está ele. Verdade que conta com os anjos, mensageiros de Deus, que o alertam sobre as maquinações dos "filhos das trevas". Mas, alertado dos riscos que correm Jesus e Maria, põe-se logo em marcha, seja fugindo para o Egito, seja de lá retornando. Exerce certo protagonismo na infância de Jesus, porém, não há registro de sua presença na vida adulta do profeta itinerante. Pouco ou nada se sabe de seu destino. É lícito supor que também ele estaria ao pé da cruz, na hora trágica da morte de Jesus!... Tudo indica que se trata de um caráter discreto, homem de poucas palavras e de guardar segredos. Podemos também ver nele um profissional de experiência, o carpinteiro de Nazaré, trabalhador sério e respeitado. Sinais de uma sabedoria inata que, em lugar de ações intempe

O que é a Eucaristia?

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É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar pelos séculos, até seu retorno, o sacrifício da cruz, confiando assim à sua Igreja o memorial de sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, no qual se recebe Cristo, a alma é coberta de graça e é dado o penhor da vida eterna. Quando Cristo instituiu a Eucaristia? Instituiu-a na Quinta-feira Santa, "na noite em que ia ser entregue" (1Cor 11,23), celebrando com os seus Apóstolos a Última Ceia. O que representa a Eucaristia na vida da Igreja? É fonte e ápice de toda a vida cristã. Na Eucaristia, atingem o seu clímax a ação santificante de Deus para conosco e o nosso culto para com Ele. Ele encerra todo o bem espiritual da Igreja: o mesmo Cristo, nossa Páscoa. A comunhão da vida divina e a unidade do Povo de Deus são expressas e realizadas pela Eucaristia. Mediante a celebração eucarística, já nos unimos à liturgia do Céu e antecipamos a

Bendita entre todas as mulheres

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Maria de Nazaré, mãe de Jesus. Quem é essa que a Igreja proclama e venera como bendita entre todas as mulheres e cheia de graça? O que ela nos diz sobre o mistério de Deus, da vida, do ser humano homem e mulher? A teologia hoje trata de fazer uma releitura da Maria de acordo com as exigências de nosso tempo. Essa releitura dá testemunho, sobretudo, do momento privilegiado que vive a humanidade inteira com o despertar da consciência histórica da mulher. Com relação à interpretação sobre o mistério de Maria de Nazaré, portanto, há que ressaltar três pontos:a) O povo tem imenso carinho por Maria, a mãe de Jesus. E este amor expressa o clamor em busca de socorro, qualquer que este seja. Isto parece transparecer a espiritualidade mariana do povo mais simples. Maria é a esperança, a mãe, a protetora, aquela que não abandona seus filhos.b) Existe hoje, igualmente, uma maneira diferente e própria de ler os textos bíblicos. Os textos que falam d Maria são muito poucos na tradição neotest

A espiritualidade da cruz

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Quem não tem uma espiritualidade cruciforme, faria bem em adquiri-la, e não existe tempo mais propício para isto do que a Quaresma. Nosso melhor refúgio e proteção é a Cruz de Nosso Senhor e, por isso, trazê-la ao peito ou pendurá-la na parede de nossa casa é sinal de devoção que deve, por sua vez, refletir-se em nossa vida. Encontramos na Cruz a plena manifestação do Mistério da Misericórdia divina. Deus nos perdoa, pelos méritos do Filho unigênito, cujo sacrifício redentor lavou a mancha do pecado, contraída pelo primeiro patriarca da humanidade, Adão. São Paulo descreve: “Deus não poupou seu Filho, mas por todos nós O entregou” (Rm 8,32). O Filho, por sua vez, adere, livremente, ao plano do Pai: “O Filho de Deus me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20) - eis o supremo gesto de misericórdia.Para isso, “Ele se fez obediente até à morte e morte de cruz” (Fl 2,8), assumindo a dor e o vexame de ser despido e exposto à zombaria da populaça: “Se és o Filho de Deus, desce da cruz!” (M

A FAMÍLIA

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O futuro do mundo e da Igreja passa através da família”. A constatação, absolutamente verídica, pode ser encontrada na Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, do Papa João Paulo II. Ela explica a atenção especial que a Igreja dá à sociedade doméstica. Os problemas aumentam, em nossos dias, como resultado do ambiente que nos cerca e do enfraquecimento dos valores que servem de alicerce à sociedade. O tema questiona, sumamente, o homem na atualidade. Uma das causas que geram todas as crises conjugais e, de modo particular, a separação dos pais e suas sequelas, é a deficiência na preparação ao matrimônio. Um contrato que, para nós, é elevado à dignidade de Sacramento, - e, conforme São Paulo, “grande sacramento” (Ef 5,32)– exige cuidadosa formação. Trata-se de uma opção definitiva e indissolúvel pela lei natural e divina. A ausência de um profundo conhecimento mútuo é motivo de desentendimento e introduz o germe da desagregação. Com a convivência percebe-se defeitos físicos, es

OS SACRAMENTOS DA IGREJA

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"Os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, por meio dos quais nos é dispensada a vida divina. Os ritos visíveis sob os quais os sacramentos são celebrados significam e realizam as graças próprias de cada sacramento. Produzem fruto naquele que os recebem com as disposições exigidas. A Igreja celebra os sacramentos como comunidade sacerdotal estruturada pelo sacerdócio batismal e pelos ministros ordenados.O Espírito Santo prepara para a recepção dos sacramentos por meio da Palavra de Deus e da fé que acolhe a Palavra nos corações bem dispostos. Então, os sacramentos fortalecem e exprimem a fé.O fruto da vida sacramental é ao mesmo tempo pessoal e eclesial. Por um lado, este fruto é para cada fiel uma vida para Deus em Cristo Jesus; por outro, é a para a Igreja crescimento na caridade e em sua missão de testemunho." Sacramento são gestos de Deus em nossa vida. Realizam aquilo que expressam simbolicamente. Os sacramentos são, por co

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS

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“Hoje em muitas partes do mundo, mediante o sopro da graça do Espírito Santo, empreendem-se, pela oração, pela palavra e pela ação, muitas tentativas de aproximação daquela plenitude de unidade que Jesus Cristo quis” (Conc. Vat. II, Unitatis Redintegratio, 4). E um evento muito importante, motivado pelo CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil) e assumido, sobretudo, pela igrejas membro, mas com a participação de outras igrejas convidadas, e que acontece todos os anos na semana que antecede o Pentecostes, é Semana de oração pela unidade dos cristãos. Na nossa Diocese, todos os anos é eleita uma comunidade que sedia a abertura oficial com uma celebração ecumênica, seja uma das paróquias católicas ou uma sede evangélica ou ainda, um local neutro. Depois, cada Região Pastoral, ao seu modo, dá continuidade à semana trabalhando na liturgia, encontros de reflexão ou mesmo celebrações de caráter ecumênico o sentido da unidade e a necessidade de se rezar pela unidade. Este ano de

Datas marcantes na história da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

1740 Na Escócia, surgiu um movimento pentecostal, ligado à América do Norte, cuja mensagem de reavivamento incluía preces por e com todas as Igrejas. 1820 O Rev. James Haldane Stewart publica “Orientações para a união geral dos cristãos para o derramamento do Espírito”. 1840 O Rev. Ignatus Spencer, convertido ao catolicismo romano, sugere uma “União de oração pela unidade”. 1867 A Primeira Conferência de Bispos Anglicanos em Lambeth destaca a oração pela unidade no Preâmbulo de suas Resoluções. 1894 O papa Leão XIII estimula a prática de Oitava de Oração pela Unidade, no contexto de Pentecostes. 1908 Primeira vivência da Oitava da Unidade Cristã, iniciativa do Rev. Paul Wattson. 1926 O movimento Fé e Ordem começa a publicar “Sugestões para uma oitava de oração pela unidade cristã.” 1935 O abade Paul Couturier defende uma “Semana Universal de Orações pela Unidade dos Cristãos”, baseada em preces inclusivas pela “unidade que Cristo quiser, pelos meios que ele quiser”. 1958 A U

“Vós sois as testemunhas disso” - Tema da Semana de Oração 2010

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No movimento ecumênico temos frequentemente meditado sobre o discurso final de Jesus antes da sua morte. Nesse testamento final a importância da unidade dos discípulos de Cristo é enfatizada: “Que todos sejam um... para que o mundo creia” (João 17,21) Este ano as Igrejas fizeram a escolha original de nos convidar a escutar o discurso final de Cristo antes da sua Ascensão: “É como foi escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia, e em seu nome se pregará a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, a começar por Jerusalém. E vós sois as testemunhas disso.” (Lucas 24,46-48). É sobre essas palavras finais de Cristo que refletiremos a cada dia. Durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2010, somos também convidados a percorrer todo o capítulo 24 do evangelho de Lucas. Tanto as mulheres assustadas diante do túmulo, como os dois desanimados discípulos no caminho de Emaús ou os onze discípulos dominados por dúvida e medo, todos os que juntos encon

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS

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No hemisfério norte, o período tradicional para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em 1908 por Paul Watson porque cobriam o tempo entre as festas de São Pedro e São Paulo e tinham, portanto, um significado simbólico. No hemisfério sul, em que janeiro é tempo de férias, as Igrejas geralmente preferem outras datas para celebrar a Semana de Oração como, por exemplo, ao redor de Pentecostes (como foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem em 1926), que também é um momento simbólico para a unidade da Igreja. Durante o século passado a reconciliação entre os cristãos tomou formas bastante diferentes. A espiritualidade ecumênica mostrou como a oração é importante para a unidade dos cristãos. Grande impulso foi dado à pesquisa teológica, levando a um grande número de acordos doutrinários. A cooperação prática entre as Igrejas no campo social fez nascer frutuosas iniciativas. Junto com essas conquistas mais amplas, a questão da missão a

Bento XVI e a pedofilia na Igreja: a realidade

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Por D. Hilário Moser, bispo emérito de Tubarão/SC De repente, a moda é falar da pedofilia dentro da Igreja. Episódios do passado, já conhecidos e encerrados, agora são exumados um por um, dentro de certo encadeamento, com a finalidade de exagerar a repercussão pelo mundo, tendo um claro objetivo: desacreditar a Igreja católica e atingir o Papa Bento XVI. Será mesmo verdade tudo os que os jornais andam propalando? É a pedofilia que se quer combater, ou, na realidade, pretende-se “linchar” o Papa, hostilizado desde sua eleição e, periodicamente, por ocasião de alguma sua declaração ou tomada de atitude mais contundente? Como se explica tudo isso? A resposta não é difícil. Existe no Ocidente certa cultura que se caracteriza por uma clara posição laicista e anticatólica, cujos porta-vozes são jornais e outros meios de comunicação social. Muitas vezes, por trás deles há os que algum sociólogo qualifica como “empresários morais”, pessoas que promovem e financiam campanhas segundo os próprio

FESTA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO 2010

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Eucaristia, muito mais que reunião fraterna

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Discurso de Bento XVI aos bispos brasileiros em visita "ad limina" Amados Irmãos no Episcopado, A vossa visita ad Limina tem lugar no clima de louvor e júbilo pascal que envolve a Igreja inteira, adornada com os fulgores da luz de Cristo Ressuscitado. Nele, a humanidade ultrapassou a morte e completou a última etapa do seu crescimento penetrando nos Céus (cf. Ef 2, 6). Agora Jesus pode livremente retornar sobre os seus passos e encontrar-Se como, quando e onde quiser com seus irmãos. Em seu nome, apraz-me acolher-vos, devotados pastores da Igreja de Deus peregrina no Regional Norte 2 do Brasil, com a saudação feita pelo Senhor quando se apresentou vivo aos Apóstolos e companheiros: «A paz esteja convosco» (Lc 24,36). A vossa presença aqui tem um sabor familiar, parecendo reproduzir o final da história dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 33-35): viestes narrar o que se passou no caminho feito com Jesus pelas vossas dioceses disseminadas na imensidão da região amazônica, com as

Páscoa: Experiência de fé e compromisso missionário

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Maria Clara Lucchetti Bingemer Não sei o que mais impressiona nos relatos pascais que encontramos nos Evangelhos. Se a mudança radical que faz com que o luto doloroso e lacrimejante pelo Crucificado morto de maneira infame se transmute em alegria exultante e intrépida; ou se o fato de que um mistério tão profundo e tão sublime seja ao mesmo tempo tão carregado de raiz histórica e realismo humano. Talvez ambas as coisas. Mas o fato é que a lógica de Deus, que sempre desconcerta, porque vai na contra mão de nossa lógica humana, talvez jamais desconcerte tanto como no evento pascal que dá origem à fé cristã. A começar pela fragilidade do movimento que mudará o mundo e dividirá a história em “antes” e “depois”: umas frágeis e desoladas mulheres que não se conformavam que o corpo do Amado mestre, morto depois de sofrer tanto, ficasse sem o perfume e os óleos por elas cuidadosamente preparados em sua última morada. Será que acreditavam mesmo que era a última? Será que em seus corações e, sob

Monsenhor Oscar Romero: Trinta anos de um martírio

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Maria Clara Lucchetti Bingemer No dia 24 de março de 1980, às 6 h da tarde, o arcebispo de San Salvador, capital do pequeno país da América Central, El Salvador, celebrava missa na capela do Hospitalito, hospital de religiosas que cuidavam de doentes de câncer. No momento da consagração, o tiro desfechado por um atirador de elite escondido atrás da porta traseira da capela atingiu o coração do pastor e matou-o imediatamente. Calava-se assim a voz que defendia os pobres no regime cruel e sangrento que dominava El Salvador. E Monsenhor Romero passaria a estar vivo, a partir de então, no coração de seu povo, no qual profetizou que ressuscitaria, se o matassem. Assim foi, assim é. Não existe um só salvadorenho nos dias de hoje que não fale com carinho extremo de Monsenhor Romero e não reconheça nele um pai e um protetor. E não há um cristão que não deva conhecer a vida e a trajetória deste grande bispo que é exemplar para todos aqueles e aquelas que hoje se dispõem a seguir Jesus de Nazaré

Quando a Eucaristia se torna Vida!

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Por Frei Sinivaldo S. Tavares, OFM Observando algumas atitudes que têm caracterizado a relação das nossas comunidades de fé com a Eucaristia, entre perplexos e desapontados, constatamos o retorno de atitudes esclerosadas, filhas de um passado que acreditávamos enfim superado: a insistência em conceber a participação do ministro ordenado na celebração da Eucaristia em termos de um poder autônomo e auto-suficiente, meio mágico até, de consagrar o pão e o vinho; a tendência a considerar as palavras da consagração em si mesmas e, portanto, desvinculadas de seu natural contexto: a oração eucarística e, por extensão, a inteira celebração eucarística; a presença real entendida, numa perspectiva objetivista (coisificada), como presença física, somática; a importância exagerada que se tem dado à adoração em detrimento da celebração eucarística. Nestes casos, ao se julgar conferir grande importância à Eucaristia, acaba-se ofuscando seu sentido mais originário.Apesar de não ter elaborado um trata